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Estado, naturaleza: instituciones de salud pública y atención médica en São Paulo entre los siglos XIX y XX

Márcia Regina Barros da Silva [artigo]

El artículo tiene como objetivo discutir la noción de naturaleza y salud pública durante la transición del Imperio a la República, específicamente en São Paulo, en la región sureste de Brasil. La calidad de la naturaleza de São Paulo fue repetidamente destacada, incluso después de la llegada de las grandes epidemias de fiebre amarilla y cólera a partir de 1850. Los principales cambios que tuvieron lugar en ese período fueron el aumento de la densidad democrática, la sustitución del trabajo esclavizado por trabajadores blancos y el cambio de régimen político. El objetivo aquí es discutir de manera panorámica el lugar de asistencia brindado por las Santas Casas de Misericordia en el cambio del siglo XIX al XX, en un período en que la atención a la salud todavía era la principal preocupación del gobierno. Veremos que, con la creación de los servicios sanitarios en el período republicano, las nociones de benignidad del clima y de las tierras de São Paulo se transformaron en la apreciación del avance sanitario y la calidad del marco civilizador de São Paulo.

Palabras clave: Naturaleza; Santas Casas; Modernidad; São Paulo; Saneamiento. Continuar lendo


A abdicação consciente da gestão das nossas diferenças, o exemplo da Covid-19 

Márcia Regina Barros da Silva [artigo]

A pandemia de Covid-19 trouxe para discussão das tecnociências muitas portas de entrada, a maioria delas ainda apenas entreabertas, já que se trata de um tema de materialida
des diversas, ainda em construção, e de poucas certezas. O debate em torno da adoção de medidas restritivas, tão discutido no início da pandemia, como é possível acompanhar pelos principais jornais e outros canais de comunicação, das mídias televisivas e sociais, coletivas de imprensa de autoridades médicas, políticas e semelhantes, permitiu divulgar algumas prédicas da epidemiologia como apelo para configurar o controle administrativo mais efetivo dos aparelhos de estado, com vistas a possível diminuição da disseminação do vírus. Continuar lendo

A abdicação consciente da gestão das nossas diferenças, o exemplo da Covid-19. Márcia Regina Barros da Silva. Boletim ESOCITE.BR CTS em Foco, n. 1, out.-dez., 2020, p. 22-26. 


Livro: Profissão Farmacêutica em São Paulo: prática científica, ensino e gênero, 1895-1917

Isabella Bonaventura [vídeo de lançamento] 

Marcella Vieira/ Editora Fiocruz

A importância do papel das mulheres para a institucionalização da profissão farmacêutica no início do século 20. Essa é uma das principais premissas levantadas pela historiadora Isabella Bonaventura em Profissão Farmacêutica em São Paulo: prática científica, ensino e gênero, 1895-1917. O título, que integra a coleção História e Saúde, será lançado pela Editora Fiocruz nesta quarta-feira (9/12), e estará disponível nos formatos impresso - via Livraria Virtual da Editora - e digital, por meio da plataforma SciELO Livros Continuar lendo


Em qual coletivo você quer sobreviver? Pensando com Foucault e Latour

Márcia Regina Barros da Silva [artigo]

É bem conhecida a análise de Michel de Foucault sobre as transformações nas técnicas e tecnologias disciplinares, da soberania nas sociedades sob o poder monárquico ao biopoder de meados do século XVIII. As transformações apontadas pelo autor são discutidas extensamente em vários de seus trabalhos, porém no mais recente livro traduzido para o português, Em defesa da sociedade, que reproduz curso realizado entre 1975 e 1976, se vê a atualidade pública e acadêmica de Foucault. O objetivo final do curso foi apontar, a partir do que ele chama de ‘teoria da guerra’, o desenvolvimento do racismo e do fascismo nas relações de força que atuam nas sociedades. continuar lendo


O Laboratório e a República

Márcia Regina Barros da Silva [vídeo]

A professora Márcia Regina Barros da Silva fala com Rodrigo Simon sobre o livro O Laboratório e a República: saúde pública, ensino médico e produção de conhecimento em São Paulo (1891-1933). Resultado da tese de doutoramento de Márcia, que é professora do Departamento de História da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP, o livro relata a pesquisa sobre a investigação a respeito das diversas instituições que contribuíram para a construção da Faculdade de Medicina e Cirurgia de São Paulo (atual Faculdade de Medicina da USP). Embora instituída em 1891, a Faculdade só passou a funcionar efetivamente em 1913.


Memória do Saber: Arnaldo Vieira de Carvalho

Maria Amélia Mascarenhas Dantes [vídeo]

A professora Maria Amélia Mascarenhas Dantes fala com Rodrigo Simon sobre o livro Memória do Saber: Arnaldo Vieira de Carvalho. No livro, lançado pela editora da Fundação Miguel de Cervantes, Maria Amélia Dantas, que é professora do Departamento de História da FFLCH/USP, amplia o conhecimento sobre a carreira do médico Arnaldo Vieira de Carvalho (1867- 1920), fundador da atual Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).


"A Economia Antiga é um Campo de Batalha": história social de uma controvérsia erudita

Miguel Soares Palmeira [artigo]

Resumo: Este trabalho propõe revisitar um debate que os praticantes da classical scholarship consideram especialmente significativo em sua área de atuação: as discussões travadas na segunda metade do século XX sobre a natureza da economia greco-romana antiga e sobre as formas adequadas de abordá-la. Estruturado em torno de pares de opostos teóricos (“primitivistas” versus “modernistas”, oposição principal que se desdobra em uma série de antagonismos homólogos), o debate é sucessivamente invocado pelos debatedores como armadilha conceitual, como obstáculo ao avanço das pesquisas de história econômica antiga. Em diálogo com a literatura sobre controvérsias científicas e filosóficas, analisam-se aqui os expedientes que imprimem ao debate uma sócio-lógica própria e instauram as condições de sua reprodução. Argumentarei que a fixação de uma dicotomia fundadora opera como elemento catalisador da “controvérsia do oikos” econdena toda e qualquer tentativa expressa de superação da dicotomia a uma assimilação ritual a uma das partes “originárias” da disputa. Os dados para análise serão construídos pelo exame de textos publicados de historiografia econômica referente à Antiguidade Clássica e de cartas trocadas entre os debatedores.